quinta-feira, 26 de março de 2009

Como anda nossa relação com a Bíblia?

(Paulo de Carvalho Junior - Ministério Devocional Água Viva)

A figura do crente em Jesus é habitualmente ligada à imagem de alguém de terno e gravata, segurando uma Bíblia debaixo do braço. Pelo menos esta é a idéia que muitos fazem de nós.

No entanto, ao vivenciarmos a realidade por detrás dos bastidores, podemos acabar gerando a idéia contrária: a de que os crentes não têm tanto contato com a Bíblia quanto deveriam ter. Seria realmente lamentável chegar a uma concepção destas, já que temos nas Sagradas Escrituras nosso único manual de fé e prática religiosa.

A fim de traçar argumentos que nos ajudem a refletir claramente, são apresentados a seguir alguns tópicos sobre as necessidades de todo crente e da forma como o contato constante com a Bíblia se constitui em solução.


1. Somos discípulos de Cristo. Jesus é nosso Mestre e devemos copiá-lo a fim de darmos real testemunho deste discipulado.

Vale lembrar que Ele, em Sua imensa sabedoria, se referia com freqüência às Sagradas Escrituras como fator de confirmação e prova de cumprimento das orientações que dava a seus discípulos.O Senhor nunca negligenciou as Escrituras em Sua conduta e atestava, Ele mesmo, a origem divina deste livro.


2. Os homens íntimos de Deus no Antigo Testamento falavam e ouviam do Pai de uma forma bastante íntima – ainda que através da inspiração – em função da maneira com que viviam diante de Deus. Assim era a manifestação da intimidade dos profetas com o Senhor.

a) Como Deus fala aos crentes nos dias atuais?
b) Como pode um crente procurar respostas para suas dúvidas?
c) Como podemos “checar” nosso desempenho como discípulos de Cristo?


3. Entrar em consonância mental e espiritual com a vontade de Deus é constante desafio para o crente dedicado.

- A questão é: como fazê-lo?

- Resposta: pelo hábito! A mente responde mais prontamente de acordo com aquilo a que está mais acostumada a fazer.
Entretanto bastam poucos dias distantes de um hábito para que seus efeitos comecem a desaparecer. A alternativa para isto é a MANUTENÇÃO. Em outras palavras, somente o hábito da leitura diária da Bíblia garante que tenhamos reflexos mentais, sentimentais e comportamentais cada vez mais próximos do que é a vontade de Deus e o exemplo de Jesus.


4. Argumentação. Esta é uma habilidade desejável para todo o povo cristão, a fim de que sua fé não se abale diante das circunstâncias.

Neste contexto, veremos que o poder da argumentação pode se manifestar de diversas formas, tais como:

a) Diante dos inimigos da igreja: a fim de que sua conversa destrutiva jamais toque o coração do crente;

b) Diante das dificuldades da vida: para que nenhuma delas se mostre mais forte do que a nossa fé, em momento algum.

c) Diante de nossas próprias fraquezas: para que não deixemos de considerar a vontade do Pai antes de tomarmos qualquer decisão em nossas vidas. Note-se que este “poder” depende diretamente do hábito bíblico – uma relação de prática direta de tudo o que lemos e assimilamos.

d) Diante das tentativas de ilusão por parte do mal: para que jamais sejamos envolvidos por aquilo que se disfarça de bênção de Deus (Ex.: espiritismo).


5. Na prática. A vida cristã impõe diversos desafios a todo aquele que se converte. Isso porque a conversão de fato exige uma mudança de vida e, ainda mais, uma mudança da própria vida como um todo.

Diante das mudanças e dos desafios da vida cristã, não podemos confiar apenas no bom senso. Precisamos de um manual seguro e confiável, onde possamos encontrar respostas exatas para as inúmeras questões que certamente surgirão nesta caminhada.

O que seria mais seguro do que ouvir a própria voz de Deus nos dizendo exatamente o que temos que fazer em cada situação?

A Bíblia é a voz de Deus acessível a todo instante aos nossos corações. Nela encontramos as instruções para os momentos de dor e de júbilo, de dúvida e de paz. É onde podemos ver e rever os apontamentos mais seguros e aprender com isso, mesmo diante das questões mais complicadas de nossas vidas.


Conclusão: a Bíblia, na vida do crente, é mais do que uma fonte de instrução. Ela é o instrumento de Deus para Sua fala direta conosco. É prova do carinho e cuidado do Pai para cada um de nós. Deixá-la de lado, como se fosse apenas mais um objeto dentro de casa, é como desprezar o presente escolhido mais cuidadosamente, da parte do Pai mais generoso de todos. Mais do que apenas ingratidão, seria um gesto de incoerência.
Amemos a Bíblia e nos dediquemos ao seu estudo constante, certos de que com isto estaremos cada vez mais próximos do sentimento de completitude que vem do relacionamento profundo e sincero com Deus.

Quando você ler qualquer passagem da Palavra, procure por Deus!

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